A Rifa


Acompanhei minha mãe às compras de aviamentos como de costume,quando uma senhora alta elegante,se aproximou e disse:  _Compre um número da nossa rifa solidaria,será sorteada esta semana e você  poderá ganhará esta linda cesta de brinquedos e a boneca para sua filha.
Meu olhos encheram de alegria.
Mamãe balançou com a cabeça em sinal de não, mas aquela vendedora  insistiu tanto, a convenceu, comprou o último número da rifa 8.
 Três dias depois saiu o resultado, o prêmio era nosso, pense em um criança feliz era assim que me sentia.
A caminho da loja minha mãe olhou em meus olhos e disse: Filha este prêmio não será seu, farei outra rifa para ajudar na festividade da igreja, meu chão sumiu... Um silêncio tomou conta de mim junto com a raiva.
Na loja recebemos a cesta e também os sorrisos daquela vendedora, que sussurrou em meus ouvidos,compre um número da rifa da sua mãe,quem sabe você ganha.
,a vergonha impedia que falasse ou reclamasse como fazias as crianças,minha mãe conseguiu inibir a minha capacidade de dizer o que pensava,ali nasceu um bloqueio e o trauma de infância, não houve choro ou malcriação eu nunca  consegui demostrar raiva,aquela atitude da minha mãe me machucou pra valer. Me silenciei e abaixei a cabeça. 
Ao sair da loja com aquele prêmio, a gentil senhora levantou meu queixo e disse,compre o numero da rifa que sua mãe vai vender,quem sabe você ganha... Assumi o controle dos meus pensamentos e la estava eu com um fiozinho de esperança em ganhar a fabulosa boneca,comprei um numero com minhas economia. Chegou o dia do sorteio,la estava eu,apertando meus dedinhos para dar sorte,mas ela não chegou.





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