Crônicas De Rô Santana

Autobiografia N asci em São Paulo, no mês de novembro de 1969.  Mas foi na virada da década, que o Brasil se consagrou com a Vitória da Copa de 1970, o tão sonhado,  Tri campeonato.   Não me lembro das comemorações. Claro!!  Mas vibro até hoje por saber que já havia nascido. Durante a minha infância eu e meus cinco irmãos nos divertíamos com muitas brincadeira, de pega-pega e esconde-esconde,mas o que gostava mesmo de fazer, era colecionar... Sim, isso mesmo,colecionava tudo, tudo,  que encontrava na escola, na rua ou em casa, era uma verdadeira garimpeira de objetos brilhantes...  Meus avos sempre me apoiavam no garimpo,nos visitava sempre, e traziam algo interessante para minha coleção,  foram pessoas pontuais em toda minha infância, contavam histórias magníficas que pareciam reais, e eu ficava fascinada em escrevê-las. A minha mãe era uma mulher linda e sei que minhas madeixas herdei dela, meus irmãos não tiveram a mesma sorte. Minha maior decepção foi com a separação dos

O LIVRO QUE ME FEZ CHORAR Foi assim:1980 ,estudava na 3º série do 1º grau na Escola Estadual Alfredo Pedrosa,  já tinha muitos sonhos, ambições  e lamúrias. Este livro que me fez chorar, era imperdoavelmente importante,necessário para minha vida naquele momento. Eu não era dada a olheiras mas ,aquele livro me causava dor,medo angustia e nunca contei para  minha  família,o que estava sentindo.  Como contar o que se seguia...   Naquele ano inteiro, estava predestinada a estudar o livro escolhido pela professora Maria. Lembro-me de leva-lo  todos os dias, para a escola e traze-lo de volta , afim de desvendar o grande mistério que continha nele,não era mais uma aluna com um livro ,era um zumbi . Foram dias, noites, semanas e meses me debruçando a estuda-lo sozinha . Criava a mais falsa expectativa quando  virava  cada página do livro, até sorria como se estivesse entendendo tudo... O mistério do livro era desvendar situações problemas  que eu vivia em casa, sem encontrar a solução

Querida professora   E spero que esta ao chegar a encontre muito, muito  feliz.  A última vez que nos vimos foi no ano de 1974, e já se passaram quarenta longos anos.  Quero me desculpar pela demora desta carta, muitas coisa aconteceram desde então, mas hoje  quero lembrar um pouco de você,dos seus lindos cabelos encaracolados,  seus olhos pretos e de sua docilidade... Mas  principalmente da sua aula,que aula perfeita, todos os dias começava  com um bom dia sorridente e cheio de esperança.  Você deve se lembrar das inúmeras vezes que me ensinou a matemática, e a tabuada,então, que eu nunca conseguia decorar, não acertava uma   pergunta na chamada oral... Meu Deus!!!  Sua preocupação comigo era nítida,   sempre me avisava para estudar um dia antes.  Na aula de  leitura,  era um desastre, mas você sempre tão gentil, mandava ler pertinho dos seus ouvidos, pois  sabia que  eu  lia de soquinho e assim não passaria vergonha na sala.  Obrigada por sua dedicação especial

Dedim de Prosa Baú.  Abrindo o velho e esquecido baú que guardara no lado esquerdo do peito, as lembranças foram saindo uma a uma.. pareciam nuvem de borboleta  coloridas, que voavam no mesmo lugar. As lágrimas escorriam em na minha face, quando abrir o baú, logo resolvi guardar algumas em um vidrinho de perfume que tinha em casa. .. Convido você, para fazer uma viagem comigo no ano de 1986. Precisamente há 30 anos atrás. Onde você morava? Como era sua vida com sua família? Onde você estudava? Quem eram seus amigo? Quais eram seus planos? Ah! Ja era casada? Tinha filhos, quantos? Bom no meu baú, encontrei aqueles conselhos, que só quem te ama muito e que da.. .. Lembro-me de cada um deles,com muito muito carinho... Vida Longa as lembranças...