Postagens

Dedim de Prosa Bengala Era da padaria, da esquina da  Avenida Mateu Bei com a rua  Luiz Pitta, que saia  toda tardizinha a mais saborosa e crocante  - bengala cujo o padeiro era o senhor  Manuel.  Hoje me recordo com muita saudade,  até mesmo do  chororô  que era no  café da manhã, la de casa... por causa do  bico da bengala,  é isso mesmo... Vou explicar:  Em nossa pequena familia de cinco irmãos, a parte mais deliciosa da bengala era o bico...  Viajei até 1980,  caminhei até a cozinha na pota dos pés, e vi a minha saudosa mãezinha dividindo a bengala, e usando de muita,muita esperteza. Minha mãe dizia que o bico era de quem obedeceu e fez os deveres de casa.  Era lirico aquele momento, simulávamos desmaios, chiliques tudo teatro , mas no final todos comiam a bengala sem reclamar ou deixar um farelo si quer. Pode ser uma inspiração lembrar da infância como uma época colorida e cheia de sabores. Basicamente a Bengala era um momento de união e comunhão la em casa e muito eng
Dedim de Prosa Bem Vindo a Fuga O rangido do baú era um som libertador,abri e mergulhei no passado,com recordações boas e ruins, naquele enorme espaço de lembranças, explorei cada cantinho, meus pensamentos vagaram por horas sem foco, até que a luz do sol inundo o ambiente. De repente me recusei a continuar no retrovisor da vida, confesso que ajudou a organizar as ideias , a fuga foi meu refugio para me lembrar que Deus cruzou meu caminho no passado e por isso hoje aquela pontinha de tristeza não tem espaço na minha vida. Adotei uma Mente Nova Com Cristo... Thu,Thu,Thu...
Pesadela Alagoinhas do Piaui 1968.Foi a última vez que Tete viu pesadela Esta lenda é de dar medo, por isso vou logo avisando, se tiver problemas de coração ,pare por aqui.  No Norte do Piauí, tem a lenda da pesadela,dizem  que   um espírito sem paz que visita todas as pessoas que dorme de barriga pra cima, a descrição e de Dona Tete,sobrevivente do trauma, trata-se de uma mão fria e cheia de longos dedos que aperta o pescoço das pessoas até lhe faltar o ar... Tete,era natural do Piau, mas já morava em São Paulo a 30 anos,era   conhecida como uma mulher exagerada, dramática e cheia de delírios, por isso tudo que falava,não era levado em conta por muitos que a conhecia. Um alerta.  Daqui pra frente não me responsabilizo por quem esta lendo.  Era uma linda noite de lua cheia,quando Tete começou a gemer e rolar na cama, em seguida partiu para os gritos e mais gritos de  socorroooooo.  Segundo Tere a  pesadela, saiu do Piau em seu encalço, para tirar sua paz,  e a pesadela
Dedim de Prosa A ESPERA DOS 50 Faltam 1.245 dias e seis horas para completar meus 50 anos!  Minha vida é um livro aberto, então lá se vai mais uma página... Não quero pensar nos meus cinquenta anos como um dia qualquer, por isso estou me preparando para este dia, vivendo intensamente o final dos quarenta. ... Tenho notado algumas mudanças: os cabelos tem uns fios brancos que me dão um certo charme, pintas que insistem em aparecer, já não me chamam de menina, moça, jovem, só de Senhora. Mas confesso: Eu gosto! Os filhos já andam sozinhos e escolhem suas próprias roupas. Troquei os parques de diversões por cinemas, teatro e restaurantes a dois, CLARO! ! Os olhos amadureceram junto, precisando de uma lente para perto e outra para longe, acho que é melhor, pois agora enxergo bem e escolho o quero ver. Os sonhos... Ah! Esses, Papai do Céu já realizou uma porção. Já não sou imediatista...Tomo decisões com muita, muita cautela. Bom!Quero chegar aos 50 assim: virando a
CONFISSÃO A  casa  onde morei na infância  era na, Ângelo Malanga n° 23, com janela grande,  um  quintal enorme de frente para um matagal, ano 1977. Uma sexta -feira,  do mês de julho, uma noite muito fria. Nas pontas dos pés fui para a sala de visita, e não queria  ser percebida, pois já desconfiava que aquela reunião de família era por minha causa. Meus irmãos mais velhos, haviam me denunciado justo para meu pai, homem severo, cheio de orgulho que nos educava com cinta de couro. Minha mãe dizia Dode(apelido)  já falei mil vezes para você parar de fazer estas coisas  , mas desistir daquele habito não era fácil, até que tentei. Íamos para escola todos juntos, eu, Riso e Geraldinho e a galera da rua. Neste dia fatitico meu irmão , descobriu meu esconderijo e revelou contar para todos o que eu fazia, todos os dias na ida e volta da escola. E ainda  encenou,  para meu pai, como eu me comportava nas ruas, ele parecia um sapo boi pulando na sala,ele fez isso por pura maldade. _ Me